Polivitamínicos e minerais: quem deve tomar estes suplementos?
Você é criticado pelo glúten, pela gordura, pelo carboidrato. Atualmente, o mundo oferece muita informação, pressão e angústias que culminam com a quase necessidade de se viver por mais tempo. Logo, a pergunta parece necessária: "O que devemos fazer para viver mais?"
Para começar, precisamos enfrentar as doenças. Desde o final da década de 80, vivemos a fase das doenças crônicas. Obesidade E hipertensão se tornaram, hoje, um enorme problema. Mas nem sempre foi assim, antes se morria de gripe e infecções. A medicina precisou avançar para que tivéssemos que lidar com o problema das doenças crônicas.
Hoje, lidar com as doenças crônicas, leva uma clara percepção de piora da qualidade de vida. Viver mais, passou a não ser suficiente, queremos viver melhor. Então, a pergunta mudou para: o que devemos fazer para viver melhor?
Surgiu, então, uma resposta simples, basta comprar um polivitamínico.
Os números são impressionantes mais da metade da população americana (52%) já fez uso de suplementação alguma vez na vida. Atualmente, o mercado de suplementos a venda nos EUA é de 90.000 produtos e estimado em 30 bilhões de dólares, sendo que vitaminas e minerais correspondem a 87% de todos os suplementos.
Respostas simples fazem sucesso no mundo virtual, mas nem sempre encontram base no mundo real.
Apesar de todo esse entusiasmo, estudos clínicos randomizados não são capazes de demonstrar claramente este benefício entre o uso de vitaminas e a diminuição de doenças crônicas quando não estão relacionadas a deficiências nutricionais.
Ou seja, antes de tomar algum suplemento é necessário saber se você precisa. Será que você tem deficiência de vitaminas ou mineral?
A resposta passa pela avaliação médica que individualizará seu risco pessoal ou familiar para as doenças.
O assunto é tão importante que mereceu um artigo publicado periódico JAMA. As vitaminas e minerais são melhor absorvidos pelo organismo na forma de alimentos do que na forma de comprimidos. Uma alimentação saudável proporciona uma amplitude de nutrientes em quantidade biologicamente equilibradas, ao contrário do que pode acontecer dentro de um cápsula.
A suplementação rotineira de vitaminas não é recomendável para a população geral.
Mas existem grupos da população que tem maior risco de deficiência nutricional e devem procurar ajuda profissional:
- Alimentação monótona: indivíduos que não conseguem variar o cardápio tem um maior risco de ter carência nutricional
- Vegano: os alimentos de origem vegetal têm menor absorção e menor oferta de nutrientes como B12, cálcio. Portanto, é fundamental uma avaliação
- Gravidez: A deficiência de acido fólico durante a gestação pode levar a má formação do feto. Além disso, os níveis de vitamina D, ferro e cálcio também precisam ser avaliados em consulta medica
- A partir dos 50 anos de idade: avaliação dos níveis de vitamina B12, pois a absorção fica diminuída com a idade, vitamina D, Vitamina D e cálcio
- Atleta: O alto gasto energético durante o exercício, leva à avaliação de ferro, vitamina D , cálcio e, em alguns casos, vitaminas do complexo B.
Mas será que precisa de todos esse cuidado mesmo? Somente uma vitamina, não faz poder fazer mal! Certo? Resposta errada. O aumento da mortalidade por câncer e infarto hemorrágico tem sido associado ao consumo exagerado de ácido fólico, vitamina E , selênio e beta caroteno.
Antes de qualquer suplementação é fundamental saber o que o seu organismo precisa.
Bons treinos!
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